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A partir do ambiente natural (água, solo, ar, fauna e flora), a sociedade foi produzindo inúmeras formas de ser e estar no mundo.
O turismo, “entendido como um conjunto de recursos capazes de satisfazer as aspirações mais diversas, que incitam o indivíduo a deslocar-se do seu universo cotididano”1, constitui-se, portanto, numa das possibilidade de estar no mundo.
Com esses argumentos, é possível compreender não só o ambiente ou os recursos naturais e culturais como base da atividade turística, mas igualmente o fato de que grande parte desta atividade tem como suporte a organização, o planejamento e o consumo do próprio ambiente. 
E estas constatações nos levam necessariamente a outra, de extrema importância: a atividade do turismo depende, inescapavelmente, da qualidade e da proteção do meio ambiente.
As (inter)relações do turismo com o meio ambiente natural são cheias de implicações, que podemos agrupar em duas categorias: as positivas e as negativas.
Enquanto implicações positivas, a atividade turística pode interferir no ambiente natural e colaborar na sua conservação, preservação, proteção e mesmo recuperação, pela adoção de medidas regulatórias, pelo manejo e planejamento, além de poder contribuir para a circulação de capital, com o desenvolvimento econômico de uma região e pelaa geração de emprego e renda, o que implica a conseqüente melhoria e manutenção da qualidade de vida das comunidades receptoras.
Por outro lado, enquanto implicações negativas, decorrentes da falta de um planejamento ambiental e turístico adequado, constata-se que os recursos naturais que alicerçam essa atividade estão sujeitos a intensos processos de degradação, sendo visíveis por uso inadequado do solo, mudanças de comportamento da fauna silvestre, degradação e ocultação da paisagem, poluição em todas as suas formas e destruição de recursos marítimos e costeiros.
Mas nesse quadro, podemos identificar, entre problemas ambientais mais acentuados pela atividade do turismo, aqueles vinculados à demanda elevada de energia e água, bem como o aumento de geração de lixo e esgoto.
O avanço progressivo das implicações negativas do turismo sem planejamento adequado, colocam em risco iminente o desenvolvimento e manutenção da própria atividade, impondo a necessidade de consolidação de um novo modelo para o setor, que passa por um conjunto de ações que sejam simultâneas, sincronizadas e contínuas, envolvendo governo, o setor privado, as comunidades receptoras e o próprio turista.
O Governo Federal vem trabalhando no desenvolvimento de estratégias de fortalecimento de uma política pública para o setor, focada na perspectiva da sustentabilidade ambiental, tarefa que vem sendo construída de forma conjunta, pelo Ministério do Turismo, Ministério do Meio Ambiente e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA). Nesse sentido o MTUR e o MMA firmaram Acordo de Cooperação Técnica que visa a inserção de critérios de sustentabilidade ambiental na atividade turística, e prevê um conjunto de ações integradas entre as duas pastas para a elaboração e implementação da Agenda Ambiental para o Turismo.
O turista também deve fazer a sua parte nesse processo, preocupando-se com a minimização dos impactos ambientais (e culturais) negativos que a atividade pode provocar.
Os empresários do setor privado que lidam direta ou indiretamente cm o turismo, podem contribuir decisivamente na construção da sustentabilidade ambiental, econômica e social da atividade, com a adoção de posturas responsáveis, conscientização e compromisso, oferecendo produtos e serviços desenvolvidos a partir do conceito de Tecnologia Ambientalmente Saudável.
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1 Bissoli, Maria A.  A problemática econômica e social do espaço turístico. Comunicarte n. 16/17, 1992, p.121.
Fonte: MTUR / MMA / IBAMA
 
Matéria Retirada do site: http://www.turismoresponsável.tur.br 
 

 

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