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ONU diz que principais destinos do mundo serão prejudicados por mudança climática. 

Ao mesmo tempo, emissões produzidas por viajantes vão agravar mais o problema.

O setor do turismo mundial enfrenta os efeitos negativos da mudança climática, para a qual também contribui de forma crescente, advertiram nesta segunda-feira organizações ligadas à ONU em uma reunião internacional em Davos (Suíça). 

“O setor turístico deve enfrentar o desafio da mudança climática. E, ao mesmo tempo, contribui para as emissões de gases que provocam o efeito estufa”, declarou o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner. 

O impacto do turismo no aquecimento global pode dobrar nos próximos 30 anos, de acordo com um relatório das agências da ONU sobre o turismo, ambiente e clima. Os destinos turísticos com zonas costeiras ou montanhosas, especialmente em países pobres ou nas ilhas, como as Maldivas, podem ser os mais afetados pelas mudanças climáticas e o aumento do nível do mar. 

“O aquecimento global é real, seus efeitos estão comprovados e o setor do turismo deve se interessar por ele”, declarou o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Franco Frangialli. Segundo a OMT, no ano passado foram realizadas 842 milhões de viagens no mundo e o número de turistas internacionais deve chegar a 1,5 bilhão em 2020. 

O transporte, a hospedagem e outras atividades turísticas representam entre 4% e 6% do total das emissões de gases que provocam o efeito estufa, de acordo com a ONU. O crescimento contínuo do setor pode levar a um aumento de 150% dessas emissões nos próximos 30 anos.

De 28 a 31 de março, o Governo do Amazonas por intermédio da AmazonasTur – Empresa Estadual de Turismo, em parceria com AAM – Associação Amazonense dos Municípios estará realizando no município de Rio Preto da Eva o II Salão Amazonense de Turismo.

O salão tem como proposta apresentar as belezas naturais de vários municípios e promover a comercialização dos produtos turísticos do Estado ao próprio amazonense. Durante os quatro dias, o evento servirá de vitrine para os municípios participantes, onde serão apresentados e vendidos seus produtos, formatação e apresentação de novos roteiros turísticos dos municípios e das comunidades envolvidas, despertando assim o interesse por visitas a essas localidades.

O II Salão Amazonense de Turismo, além apresentar as potencialidades turísticas do Estado, como sítios arqueológicos, lagos, cachoeiras, artesanatos, gastrônomia, coisas que fazem parte da cultura, da história e costumes dos amazonenses, terá também apresentações culturais de cinco Municípios, mostrando para o amazonense o que mundo inteiro tem interesse em conhecer, (o Peixe-Boi de Novo Airão), (Festribal de São Gabriel da Cachoeira), (Grupo Porantin de Maués), (Boi-Bumbá de Parintins) e (a Ciranda de Manacapuru).

O salão contará com a participação dos municípios de Manacapuru, Barcelos, Iranduba, Novo Airão, Parintins, Careiro Castanho, São Gabriel da Cachoeira, Presidente Figueiredo, Maués, Barreirinha, Manaquiri e Rio Preto da Eva.

Cenário TurísticoSegundo fonte do Embratur, o Amazonas encontra-se entre os 10 principais destinos turísticos brasileiros, preferidos pelos turistas estrangeiros. Visando incrementar a atividade turística do Estado e atendendo as prioridades do Plano Estadual de Turismo do Amazonas, o Órgão Oficial de Turismo AmazonasTur está realizando o II Salão Amazonense com a participação de 12 municípios, onde promoverá reuniões com entidades e órgãos vinculados ao turismo. Nas reuniões durante o salão, serão discutidos e apresentados novos projetos de infra-estrutura básica para o turismo, como a necessidade da capacitação e treinamento da mão-de-obra dos prestadores dos serviços turísticos.

 

FONTE: http://www.jornaldeturismo.com.br

 

Desmatamento na amazonia 

SÃO PAULO, BRASIL — Artigo de Sérgio Leitão, diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, sobre a necessidade de revermos a política brasileira de desenvolvimento para não repetir os erros do passado.

Três décadas e meia separam os anos de 1972 e 2007. Mas, no que diz respeito ao Brasil, elas estranhamente se aproximam. Em 1972 se realizou a I Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, em Estocolmo, Suécia. A questão ambiental estava longe de merecer o destaque dos tempos atuais. O Brasil do regime militar se fez presente ao evento para afirmar o direito de alcançarmos o mesmo padrão econômico dos países desenvolvidos, mesmo que à custa da destruição da natureza. Agora, em 2007, estamos no meio da Conferência da ONU em Bali para debater as mudanças climáticas. O Brasil cobra dos países desenvolvidos, conhecidos por serem os maiores poluidores, que façam primeiro a sua parte para resolver o problema, dizendo que o país só poderá fazer a sua quando tiver superado as “assimetrias” que deles nos separam.Ora, estamos dizendo o mesmo que dizíamos em 1972, apenas de uma forma mais suave, usando a linguagem sutil dos nossos representantes diplomáticos. Isso não elimina o gosto amargo de que estamos fazendo uma ponte com o passado que julgávamos enterrado. É importante lembrar que, entre 1972 e 2007, elaboramos uma nova Constituição, inserimos o meio ambiente como tema central na agenda nacional e sediamos a Eco-92, nas quais foram assinadas as Convenções do Clima e da Biodiversidade.Como justificativa desse discurso retrô, falam da necessidade de não se travar o crescimento econômico do país, a geração de riqueza e o fim da pobreza. Ou seja, voltamos a falar, como nos anos 70, que só dá para melhorar a vida dos brasileiros se fizermos o bolo crescer (metáfora usada pelo Ministro da Fazenda Delfim Netto no governo do Presidente Médici).Dessa forma, de novo, o meio ambiente irá pagar a conta. Se já consumimos uma Mata Atlântica inteira e metade do Cerrado, agora será a vez da Amazônia ser triturada no liquidificador do desenvolvimento nacional.Não deixa de ser estranho que não falemos das assimetrias que separam, por exemplo, os estados de São Paulo e Ceará, os bairros paulistanos do Jardim Ângela e Jardim América, que precisam e podem ser superadas não apenas com a aceleração do crescimento, mas fundamentalmente, com a aceleração da distribuição da riqueza já existente e da que está por ser criada.Se temos tido algum progresso, está longe de nos tirar do incômodo posto de 10º pior país do mundo em desigualdade de renda, dentre os 177 pesquisados pela ONU em seu Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), de 2007, intitulado “Combate à mudança do clima: solidariedade humana em um mundo dividido”, lançado em fins de novembro, em Brasília.Pela primeira vez conseguimos ficar entre os 70 países de maior Índice de Desenvolvimento Humano no mundo (somos o 70º), graças ao aumento da renda per capita do brasileiro de US$ 8.325 para US$ 8.402 e da taxa de expectativa de vida que cresceu de 70,8 para 71,7 anos. Porém, as nossas taxas de distribuição de renda e de mortalidade infantil continuam africanas. “Os brasileiros mais ricos têm renda até 21,8 vezes maior que os mais pobres… O índice de mortalidade infantil é de 99 por mil nascimentos entre os 20% mais pobres do Brasil”, declarou Flávio Comim, assessor especial do Pnud no Brasil (Correio Braziliense, 28/11/07, página 18/Mundo).Isso sem falar no flagelo da violência que assola as grandes cidades, no desastre da educação que nos faz passar vergonha em avaliações internacionais que medem a qualidade dos nossos estudantes, na volta do trabalho escravo e na manutenção do estado de beligerância no meio rural em razão dos conflitos fundiários.Aliás, para quem acha que destruição ambiental rima com crescimento econômico, é bom saber que ela rima melhor com violência. O Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, divulgado em 2006, mostra que “entre as dez cidades mais violentas do país, quatro estão no arco do desmatamento da Amazônia”, onde não existe a presença do governo e a força das frentes avançadas do capitalismo predatório podem se movimentar livremente. (ver Almanaque Brasil Socioambiental, Instituto Socioambiental, 2008, página 388).Além disso, os benefícios advindos com o desmatamento da Amazônia são meteóricos, posto que os ganhos iniciais de renda e emprego não se sustentam e não se refletem na melhoria da qualidade de vida da população amazônica, naquilo que o pesquisador Adalberto Veríssimo, do Imazon, chama de falso desenvolvimento econômico – o “boom-colapso”.Desse modo, é significativo que o Relatório da ONU volte suas atenções para o tema das mudanças climáticas, pois se todos sofrerão com o seu advento, é certo que os mais pobres sofrerão mais.Portanto, o Brasil tem o seu dever de casa para fazer, que é o de preparar o país para enfrentar o principal desafio político e econômico do mundo no século 21. Precisamos elaborar a nossa Política Nacional de Mudanças Climáticas para apontar as diretrizes que nortearão os rumos do país e para superar a velha dicotomia que insiste em opor crescimento econômico versus meio ambiente.A urgência das mudanças climáticas pede outra atitude. É disso que o país e os brasileiros precisam.
 
 
 
 
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil

 

 

A partir do ambiente natural (água, solo, ar, fauna e flora), a sociedade foi produzindo inúmeras formas de ser e estar no mundo.
O turismo, “entendido como um conjunto de recursos capazes de satisfazer as aspirações mais diversas, que incitam o indivíduo a deslocar-se do seu universo cotididano”1, constitui-se, portanto, numa das possibilidade de estar no mundo.
Com esses argumentos, é possível compreender não só o ambiente ou os recursos naturais e culturais como base da atividade turística, mas igualmente o fato de que grande parte desta atividade tem como suporte a organização, o planejamento e o consumo do próprio ambiente. 
E estas constatações nos levam necessariamente a outra, de extrema importância: a atividade do turismo depende, inescapavelmente, da qualidade e da proteção do meio ambiente.
As (inter)relações do turismo com o meio ambiente natural são cheias de implicações, que podemos agrupar em duas categorias: as positivas e as negativas.
Enquanto implicações positivas, a atividade turística pode interferir no ambiente natural e colaborar na sua conservação, preservação, proteção e mesmo recuperação, pela adoção de medidas regulatórias, pelo manejo e planejamento, além de poder contribuir para a circulação de capital, com o desenvolvimento econômico de uma região e pelaa geração de emprego e renda, o que implica a conseqüente melhoria e manutenção da qualidade de vida das comunidades receptoras.
Por outro lado, enquanto implicações negativas, decorrentes da falta de um planejamento ambiental e turístico adequado, constata-se que os recursos naturais que alicerçam essa atividade estão sujeitos a intensos processos de degradação, sendo visíveis por uso inadequado do solo, mudanças de comportamento da fauna silvestre, degradação e ocultação da paisagem, poluição em todas as suas formas e destruição de recursos marítimos e costeiros.
Mas nesse quadro, podemos identificar, entre problemas ambientais mais acentuados pela atividade do turismo, aqueles vinculados à demanda elevada de energia e água, bem como o aumento de geração de lixo e esgoto.
O avanço progressivo das implicações negativas do turismo sem planejamento adequado, colocam em risco iminente o desenvolvimento e manutenção da própria atividade, impondo a necessidade de consolidação de um novo modelo para o setor, que passa por um conjunto de ações que sejam simultâneas, sincronizadas e contínuas, envolvendo governo, o setor privado, as comunidades receptoras e o próprio turista.
O Governo Federal vem trabalhando no desenvolvimento de estratégias de fortalecimento de uma política pública para o setor, focada na perspectiva da sustentabilidade ambiental, tarefa que vem sendo construída de forma conjunta, pelo Ministério do Turismo, Ministério do Meio Ambiente e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA). Nesse sentido o MTUR e o MMA firmaram Acordo de Cooperação Técnica que visa a inserção de critérios de sustentabilidade ambiental na atividade turística, e prevê um conjunto de ações integradas entre as duas pastas para a elaboração e implementação da Agenda Ambiental para o Turismo.
O turista também deve fazer a sua parte nesse processo, preocupando-se com a minimização dos impactos ambientais (e culturais) negativos que a atividade pode provocar.
Os empresários do setor privado que lidam direta ou indiretamente cm o turismo, podem contribuir decisivamente na construção da sustentabilidade ambiental, econômica e social da atividade, com a adoção de posturas responsáveis, conscientização e compromisso, oferecendo produtos e serviços desenvolvidos a partir do conceito de Tecnologia Ambientalmente Saudável.
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1 Bissoli, Maria A.  A problemática econômica e social do espaço turístico. Comunicarte n. 16/17, 1992, p.121.
Fonte: MTUR / MMA / IBAMA
 
Matéria Retirada do site: http://www.turismoresponsável.tur.br